Tasso Jereissati pode ser um nome forte na oposição à Renan Calheiros: Foto: Blog do Edison Silva.

A possibilidade de o senador Tasso Jereissati (PSDB) ser um dos candidatos à Presidência do Senado Federal, assim como a articulação que faz o senador eleito Cid Gomes (PDT), na formação de um grupo de oposição, com disposição, inclusive, de ser o senador Jereissati o candidato desse grupo, aumentam as expectativas dos políticos cearenses.

Segundo o secretário-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira, tradicionalmente as bancadas com o maior número de senadores eleitos têm direito a parte das 11 vagas da Mesa. E lançam candidatos à Presidência do Senado. Ele explica que a Casa segue esta tradição de proporcionalidade, mas nada impede que um candidato de partido com menor representação proporcional seja eleito, em caso de decisão da maioria.

“Evidentemente as tradições podem ser revistas, sobretudo quando tem uma mudança tão grande do universo de integrantes da Casa. Fosse uma renovação menor, a tendência seria a manutenção das tradições, mas o Regimento diz apenas que a Mesa deve guardar tanto quanto possível a proporcionalidade, ou seja, que duas cadeiras devem ser do MDB. Tradicionalmente, quem tem a maior bancada tem também a Presidência. Mas isso depende de uma votação”, disse.

Nas eleições do ano passado foram 54 novos senadores, dois por Estado (nas eleições para o Senado, numa disputa é eleito um terço dos senadores, 27, quatro anos depois, na eleição seguinte, são eleitos dois terços, 54, como foi em 2018). Dos atuais senadores, cujos mandatos estão sendo encerrados no dia 31 de janeiro, apenas 8 foram reeleitos. Houve uma renovação de 85% das cadeiras disputadas.

Solenidade

O Senado se reúne no dia primeiro de fevereiro para a posse dos novos senadores eleitos em 2018. A previsão é de que a cerimônia de posse aconteça às 15h. Em seguida, será realizada sessão para a eleição dos cargos da Mesa do Senado.

A sessão de posse dos senadores é relativamente rápida, não há discurso dos parlamentares, apenas a fala do senador que irá presidir a sessão, como explica o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira.

“A posse não tem discurso nenhum, exceto o presidente da sessão, que deverá fazer talvez um pronunciamento, mas algo curto e depois basicamente ele chama nominalmente os senadores para que façam o seu juramento um a um para que se declarem empossados”, completou.

Bandeira ainda traz uma novidade sobre quem deve presidir os trabalhos. Como único membro da Mesa do Senado da legislatura anterior ainda no Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deve comandar os trabalhos no dia primeiro de fevereiro.

Fonte: Agência Senado de Notícias.