A Fundação Getúlio Vargas  (FGV) divulgou, nesta quarta-feira (26), o Índice de Confiança da Construção (ICST), e o Índice de Confiança do Comércio (Icom). Os dois revelaram uma retomada da confiança, sobretudo quanto ao comércio, que atingiu o maior nível desde abril de 2013.

O ICST  registra o maior nível desde dezembro de 2014, quando chegou a 88,8 pontos, e alcançou 85,5 pontos em dezembro de 2018, 0,8 ponto a mais na comparação com novembro.

Segundo a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo, os empresários perceberam melhora no ambiente de negócios da construção ao longo de 2018, “mas isso não vai se traduzir em um resultado positivo para o PIB do setor”

O Nível de Utilização da Capacidade do setor avançou 1,9 ponto percentual, para 66,6%. As expectativas de recuperação da demanda do setor estão se refletindo positivamente nas intenções de contratação.

A proporção de empresas que relatam redução no quadro de pessoal para os próximos meses caiu de 26,2% em dezembro de 2017, para 20,5% em dezembro de 2018.

Comércio.

O Icom, subiu 5,7 pontos de novembro para dezembro deste ano. Com o resultado, o indicador passou para 105,1 pontos e atingiu o maior patamar desde abril de 2013 (105,6 pontos).

A alta da confiança em dezembro atingiu empresários de 11 dos 13 segmentos pesquisados pela FGV. Os empresários estão mais confiantes tanto em relação ao presente quanto ao futuro.

O Índice de Situação Atual, que mede a opinião sobre o presente, subiu 4,1 pontos, para 97,4 pontos, a terceira alta seguida. Esse é o maior valor desde abril de 2014 (99,8 pontos). Já o Índice de Expectativas, que mede a percepção sobre os próximos meses, também registrou o terceiro resultado positivo consecutivo, ao subir 7 pontos e atingir 112,5 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2011 (115,9 pontos).

De acordo com o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, é a primeira vez desde março de 2014 que o índice ultrapassa os 100 pontos, limite que identifica a transição para níveis elevados de confiança.

Segundo ele, depois da greve dos caminhoneiros e das incertezas do período eleitoral, os comerciantes esperam aumento de vendas neste final de ano e têm boas expectativas para o começo de 2019.

Fonte: Agência Brasil.