Governador Camilo Santana ainda não revelou nada sobre futuro secretariado. Foto: Governo do Estado/Divulgação.

Até agora, todo noticiário sobre o secretariado do governador Camilo Santana, para o próximo quatriênio a ter início no primeiro dia do próximo ano, não passa de especulação de quem o produz. Camilo, mais do que já demonstrou ao longo dos últimos quatro anos à frente da administração estadual, tem sido deveras reservado quanto à formação da sua nova equipe, e se já convidou a alguém para dela participar, recomendou o mais absoluto silêncio, até o momento de ele próprio fazer o anúncio dos nomes escolhidos.

O governador, por certo, em razão de contingências várias, inclusive a de ter um presidente da República como adversário político, seu e do principal grupo que lhe dá sustentação no Estado, terá mais dificuldade de escolher os auxiliares para o segundo mandato, também pela indisposição de pessoas, de boa qualificação, de participarem na linha de frente de administrações públicas face o risco das condenações antecipadas de que são vítimas muitos dos atuais administradores.

Fora os políticos, sempre interessados em posições de destaque para alimentação do ego e de facilitação para novas campanhas,  e ainda os vaidosos e os muito espertos, que procuram os cargos públicos para satisfações pessoais diversas, só os de verdadeiro espírito público, sem necessidade de receber uma contrapartida pecuniária, aceitam ser auxiliares de governantes. No Ceará, um secretário de Estado ganha pouco mais de R$ 15 mil por mês. É insignificante para o esforço desprendido, pela responsabilidade assumida, e pela exposição a que fica submetido.