A decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de extinguir o Ministério da Segurança, engordando o Ministério da Justiça com todas as atribuições que a este foram conferidas, a tão pouco tempo, não preocupa ao governador Camilo Santana, quanto a não instalação, no Ceará, do primeiro Centro Integrado de Inteligência e Controle, anunciado titular da Pasta, em evento festivo em Fortaleza, antes do período eleitoral, medida considerada significativa pelo enfrentamento ao crime organizado.

O Centro, segundo a assessoria do Palácio da Abolição, será inaugurado em Fortaleza no dia 8 de dezembro. Ainda recentemente o governador tratou do assunto, em Brasília. Embora à época ainda não houvesse a cogitação da extinção do Ministério da Segurança, Camilo admite que o Centro é um projeto irreversível, importante para um projeto nacional de segurança pública.

Camilo tem evitado falar sobre as providências anunciadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

Ontem, em entrevista coletiva, ele disse que ainda que seja oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro, vai exigir respeito ao Governo do Estado, em especial, aos interesses dos cearenses. O chefe do Poder Executivo afirmou ainda que lideranças de PDT e PT devem se unir.

“Todo mundo sabe que eu sou oposição ao novo Governo, mas farei de tudo para defender os interesses do povo cearense. Respeitar o Governo é respeitar o povo cearense. Da mesma forma que ele foi eleito, eu também fui e com maior votação entre todos os governadores do Brasil” disse.

Questionado sobre o racha entre PT e PDT, o chefe do Poder Executivo desconversou e disse que no Estado a aliança entre as duas legendas está mantida. “Eu acho que esse é o momento da gente (esperar) baixar a poeira. Tivemos uma eleição muito acirrada, mas no Ceará temos ótima relação com o PDT”.

Foto: Tiago Stille – Assessoria de Comunicação do Governo do estado do Ceará.