BRASÍLIA — A Direção-Geral do Senado, que organiza as reuniões do Congresso — Câmara e Senado —, decidiu proibir a entrada de profissionais de imprensa no plenário da Câmara, durante a sessão desta terça-feira que marcará o retorno do presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao Parlamento.
A decisão de banir a imprensa do plenário destoa da postura adotada pelo Congresso em grandes eventos, como a própria posse presidencial de outros presidentes e votações importantes, como o impeachment de Dilma Rousseff e as votações de denúncias contra o presidente Michel Temer. Em todos esses eventos, houve um esquema especial de acesso para a imprensa, mas os jornalistas não foram proibidos de realizar a cobertura dentro do plenário.
Na posse presidencial de Dilma Rousseff, em 2011, por exemplo, cada veículo de imprensa tinha direito a um número específico de credenciais de plenário. O GLOBO, na ocasião, credenciou cinco jornalistas para a cobertura dentro do plenário. Em 2014, o esquema de credenciamento foi semelhante.
Procurada, a assessoria do Senado confirmou o veto, mas indicou a Câmara para responder sobre o caso. “Devido ao grande afluxo de autoridades e convidados para a sessão especial marcada para esta terça-feira (6), o trabalho da imprensa será restrito aos Salões Branco (Chapelaria), Verde e Azul (entrada da Presidência do Senado Federal) e à Galeria da Câmara dos Deputados. Quanto ao acesso de jornalistas ao Plenário da Câmara, é necessário que se indague sobre o assunto àquela Casa legislativa.”