Vereador Eron Moreira critica deputados estaduais e afirma que liberação é ataque contra Ceará Sem Drogas /Foto: CMFor

O vereador de Fortaleza Eron Moreira (PP) voltou a criticar, nesta quarta-feira (15), os deputados estaduais cearenses pela aprovação do projeto de lei que liberou a venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol do Ceará. Para o pepista, a medida vai de encontro à  Campanha Ceará Sem Drogas da Assembleia Legislativa.

“Nós tivemos um grande momento do Ceará para o Brasil, o Ceará Sem Drogas, quando tínhamos o nosso presidente, o nosso líder Zezinho Albuquerque [na presidência da Assembleia]. E agora, infelizmente, nós estamos agora o Ceará Com Drogas”, afirmou o vereador.

Eron mostrou-se ainda confiante na aprovação de uma emenda que apresentará ao Código da Cidade para proibir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em equipamentos públicos municipais, incluindo estádios e arenas esportivas, que já conta, segundo o pepista, com o apoio de 20 colegas. Para ser aprovada em Plenário, a emenda precisa de 22 votos favoráveis.

Eron disse ainda que o vereador Gardel Rolim (PPL) fará um requerimento para solicitar um audiência pública para debater a possibilidade de proibir, “de uma vez por todas”, a venda de bebidas em estádios e outros equipamentos ligados ao esporte. “Precisa mesmo beber uma cervejinha para poder se divertir? É esse o objetivo? Será que não poderia ficar para depois do jogo” questionou Gardel Rolim, também na tribuna da Casa.

Outro lado

Já o vereador Márcio Martins (PROS) afirmou que a postura contrária à venda é de quem “não frequenta estádio do futebol”. “Quem faz esse discurso preconceituoso e hipócrita é quem pode confundir Castelão com Castanhão. São pessoas querendo discutir o futebol cearense que não sabe nem onde é o Castelão, que não frequenta estádio de futebol. Que vê a onda descendo e quer surfar nela”, rebateu Márcio.

O vereador Paulo Martins (PRTB) também apoia a liberação e afirma que, caso seja comprovado o aumento da violência, “se muda a lei. As leis não são imutáveis, não. A gente muda de novo. Chega daqui a um ano e a gente vê que não é razoável, está realmente aumentando a violência, se muda. Tranquilo”, disse. Os vereadores Benigno Júnior (PSD) e Adail Júnior (PDT) também defenderam a liberação.