Secretário Especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, classificou como “ruído de comunicação” as informações de que haveria um texto alternativo apresentado por parlamentares para a Reforma da Previdência. “Não há nenhuma dificuldade, o que houve foi um ruído de comunicação. O próprio presidente – da Comissão Especial de Reforma da Previdência – Marcelo Ramos deu uma segunda declaração nesse sentido, dizendo que as alterações que poderão ocorrer serão em cima do projeto apresentado pelo governo, como sempre foi no Parlamento”, disse o secretário especial, hoje (20), ao chegar no Ministério da Economia.

Marinho disse também que o governo dará apoio ao Relatório da Comissão se forem mantidos os princípios da proposta que são idade mínima para aposentadoria, regras de transição, igualdade entre os sistemas dos servidores públicos e dos trabalhadores privados e menor contribuição para quem ganha menos e maior para quem ganha mais. “Se o relatório for na linha do que acreditamos, evidente que haverá apoio do governo pelo relatório. O que nos interessa é o impacto fiscal e a preservação da linha mestra que foi apresentada dentro do projeto enviado ao parlamento. É normal que quando se entrega um projeto com essa complexidade ao parlamento e é constituída uma comissão especial que alterações sejam feitas”, enfatizou referindo-se à previsão de economia de mais de R$ 1 trilhão em dez anos

Sobre a possibilidade de adoção de medidas de compensação, caso a reforma produza menor economia de gastos que a esperada pelo governo, Marinho disse que o protagonismo agora é do Congresso Nacional. “O relator [Samuel Moreira, PSDB/SP] tem dito que sua determinação é de apresentar um texto que respeite os pressupostos que eu disse anteriormente e com impacto fiscal relevante, que é o que interessa para o país. Não adianta termos esse processo de desgaste, de negociação com o parlamento e com a sociedade brasileira para não termos impacto que signifique uma tranquilidade para o país, pelo menos, nos próximos 20 anos. Esse é o momento em que o protagonismo está com o Congresso Nacional”, explicou Marinho.

Com informações da Agência Brasil.