As críticas proferidas pelo deputado estadual André Fernandes (PSL), durante o primeiro expediente da última quarta-feira (15), seguiram repercutindo na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (16). Segundo orador do primeiro expediente, o deputado Osmar Baquit (PDT) voltou a tratar do assunto. “Me senti muito triste com as palavras do deputado André Fernandes”, disse o parlamentar, criticando a generalização envolvendo a família Ferreira Gomes.

Baquit citou nominalmente os integrantes da família, falando de forma elogiosa da biografia de cada um deles, Ivo, Lia, Lúcio, Cid e Ciro Gomes. “Não posso ficar calado se alguém chegar aqui e chama os Ferreira Gomes de ‘quadrilha que comanda o Estado do CE’. É muito inconsequente”, acrescentou.

Apartes

O deputado Queiroz Filho (PDT) lembrou da grave crise hídrica pela qual passou o Ceará nos últimos anos, ‘comparável apenas à de 1930’, dizendo que “se o Ceará não tivesse feito muito bem feito o dever de casa, estaríamos quebrados”. Romeu Aldigueri (PDT) afirmou que o Ceará é hoje referência nacional em gestão, fruto do trabalho de Cid e Ciro Gomes, que seguem ‘campeões de urnas no Estado’.

Dra. Silvana (PR) também saiu em defesa de Cid Gomes. Marcos Sobreira (PDT) lembrou que as principais obras feitas recentemente na região Centro Sul vêm da gestão Cid Gomes, pedindo que o termo quadrilha, utilizado por Fernandes, seja retirado dos registros da Casa. Também manifestaram-se contra o discurso de Fernandes os deputados Sérgio Aguiar (PDT), Patrícia Aguiar (PSD), Guilherme Landim (PDT), Bruno Gonçalves (Patriotas), Salmito (PDT) e Evandro Leitão (PDT).

Em seu defesa, o deputado André Fernandes (PSL) disse que, da mesma forma que tratou o grupo, Ciro Gomes também costuma tratar assim as pessoas. “Ele (Ciro) já xingou Capitão Wagner de bandido, já falou de Eunício Oliveira e até de Lula. Isso não é absurdo no meio político, principalmente em se tratando de Ciro Gomes, que vive xingando a todos para se promover. É algo normal dentro da política, e quando se fala na pessoa específica de Ciro Gomes, não estou falando sobre o que fez ou deixou de fazer, mas algo sobre um assunto atual”, disse, citando que Ciro responde a diversos processos por difamação.

Osmar Baquit ponderou que responder processos é diferente de ser uma ‘quadrilha’. “Se Ciro ataca, agride as pessoas e elas se sentem ofendidas, elas se defendam. E a maioria dos citados já são condenadas pela Justiça. O que não podemos é acusar sem provar”, respondeu Baquit. “Posso não ter provas, mas tenho fatos que me fazem acreditar no que digo e amanhã mesmo vou publicar nas minhas redes sociais sobre isso”, concluiu Fernandes.