Para Sena, Brasil está caminhando para trás na questão ambiental. Foto: ALECE

Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE), o deputado estadual Acrisio Sena (PT) discursou na Casa, abrindo o primeiro expediente desta terça-feira (14). O petista mostrou preocupação com a política sócio-ambiental do Governo Federal nestes primeiros meses do ano.

Sena lembrou do documento assinado pelos últimos oito ex-ministros do Meio Ambiente do país, preocupados com o que o parlamentar chamou de “política deliberada de desconstrução e destruição das políticas ambientais implantadas desde o início da década de 1990”, afirmando ainda que o documento mostra que a preocupação dos ambientalistas independe de natureza político-ideológica. Assinaram o documento: Rubens Ricupero, Gustavo Krause, José Sarney Filho, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Carlos Minc, Izabella Teixeira e Edson Duarte.

O parlamentar citou cinco medidas do governo Bolsonaro que considera desastrosas:

– A transferência para o Ministério da Agricultura a demarcação das terras indígenas e o serviço florestal brasileiro;
– A perda da Agência Nacional de Águas para o Ministério do Desenvolvimento Regional;
– A extinção da secretaria de Mudança Climática;
– O assédio aos fiscais do Ibama, responsáveis por aplicar multas ambientais para poluidores e desmatadores;
– As ameaças de desmantelar áreas protegidas, reduzir o Conselho Nacional do Meio Ambiente e eliminar o Instituto Chico Mendes (ICMbio).

O deputado Romeu Aldigueri (PDT) reiterou as críticas de Sena, chamando de ‘retrocesso’ o caminho que a política ambiental brasileira está tomando.