Por A. Capibaribe Neto – Especial para o Blog do Edison Silva. Ao longo de todos os destinos que percorremos pelos caminhos em muitos países, depois de atravessar oceanos e mares, cruzar fronteiras, encontrar pessoas com as quais jamais sonhamos e transformá-las em amigos hospitaleiros, o mundo ficou pequeno.

Passei a achar divertido quando sabia que comentavam às minhas costas: “esse cara é doido…!” – doido que nada, tenho uma coleção de mais de 150 mil imagens divertidas dessas “loucuras” e elas me fazem bem ao espírito. Nunca estou sozinho, embora meus filhos não estejam comigo e pouco visitem o ninho onde alguns deles foram crianças. As fotografias desta edição de hoje fazem parte desses lugares impagáveis, depois, muito depois de horizontes onde poucos tiveram a ousadia de desembarcar e ficar comprometido com os tempos das excursões apressadas.

A imagem maior, onde o por do Sol de uma tarde muito especial, lá pras bandas do Inle Lake, no Miyanmar, recortou com propriedade a silhueta dos monges que a atravessam, diariamente, essa que é a maior ponte de madeira do mundo; os chamados “pescadores bailarinos”, também no Inle Lake, já ganharam fama mundo afora através das lentes de milhares de fotógrafos que descobriram, como eu, esse paraíso de imagens únicas. A foto da “Mulher do Chinês”, que era dona do hotel às margens do Rio Mekong, aceitou posar para as lentes enxeridas do viajor.

Da varanda do quarto onde ficamos, era emocionante ver a outra margem desse rio, a menos de 300 metros de onde eu estava, justo onde começava a Tailândia. Foi uma experiência inigualável pagar dois dólares para atravessar o rio de canoa e fotografar a minha janela do outro lado.

Mais tarde, já quase no fim de desafio de quatro meses pelo mundo, voltamos a encontrar a linda Linh, uma vietnamita que me adotou e me fez companhia desde Saigon às montanhas de SaPa, na fronteira com a China, e tornou-se amiga da minha família.

A fotografia de um beijo apaixonado foi feita numa fração de tempo em que a cortina do acaso se abriu para a minha câmara, em uma rua da Escócia. A última foto, foi garimpada em uma Banca de jornal de Viena, na Áustria. Quando ela me viu apontando a câmara para ela, apenas sorriu e voltou para as suas atividades, sem dar mais atenção ao fotógrafo circunstante que tomou seu rumo.

Texto e Foto: A.Capibaribe Neto