O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o presidente Jair Bolsonaro, e o prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, em encontro para debater a reforma da Previdência.

Onyx Lorenzoni, Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro abraçado com ACM Neto, presidente nacional do DEM, após um almoço em Palácio. Foto:  Marcos Corrêa/Presidência da República.

O presidente do Democratas (DEM), ACM Neto, disse, nesta quinta-feira (04) que o país precisa “o quanto antes” aprovar a reforma da Previdência e que o partido pode integrar a base do governo no Congresso. ACM Neto foi o quinto presidente de partido a se reunir hoje (quinta-feira) com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que articula a aprovação da reforma previdenciária.

Em Fortaleza, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que o presidente Bolsonaro está fazendo uma “velhacaria”, chamando o velho DEM e outras agremiações contrariando o novo que ele pregava na campanha eleitoral.

ACM Neto não descarta que o partido possa fechar questão e orientar os parlamentares a votar a favor da proposta do governo, mas disse que isso depende do texto que irá a votação no plenário da Câmara. “Se o texto que for votado no plenário tiver o apoiamento majoritário do partido, nós podemos sim avançar para propor um fechamento de questão pela reforma”, disse, explicando que a proposta ainda deve passar por modificações na comissão a ser criada para analisar o seu mérito.

Segundo ACM Neto, a participação do partido na base do governo federal também depende de decisão da direção do DEM. “Ser base formalmente ou não é algo que pode acontecer com absoluta naturalidade, que vai acontecer no momento em que houver deliberação da executiva do partido. Mas a maior preocupação, tanto do DEM como do presidente Jair Bolsonaro, não está na formalidade, mas sim garantir que esse diálogo possa ser produtivo e facilite o andamento da agenda de reformas”, afirmou.

Foto:  Marcos Corrêa/Presidência da República.

Diálogo

Também prefeito de Salvador, ACM Neto ressaltou que, além de destravar a economia, a reforma nas aposentadorias é importante para estados e municípios e disse que governadores e prefeitos terão que se posicionar.

“É um problema que extrapola os limites da União e alcança de maneira grave estados e municípios. Não vamos aceitar que o governador, que talvez faz oposição formal [ao governo federal], vá para sua base, faça um discurso e aqui fique em silêncio torcendo pela aprovação [da reforma]”, disse.

Durante a reunião, ACM Neto estava acompanhado do governado de Goiás, Ronaldo Caiado, também do DEM. Antes deles, Bolsonaro recebeu os presidentes do PRB, deputado Marcos Pereira (ES); do PSD, Gilberto Kassab; do PSDB, Geraldo Alckmin; e do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

O PSD e o PSDB apoiam uma reforma da Previdência para o país, mas manterão a independência em relação ao governo federal. Os partidos também não fecharão a questão em torno da reforma e os seus parlamentares devem votar de acordo com o entendimento pessoal. O presidente nacional do MDB, ex-senador Romero Jucá era o último dirigente partidário a ter encontro com Bolsonaro nesta quinta-feira. O MDB não vai ser base do Governo.

Pedetistas do Ceará

Carlos Lupi reuniu as principais lideranças do PDT cearense, no fim da tarde desta quinta-feira (04), no gabinete do presidente da Assembleia, deputado José Sarto. Ele chegou lá com o presidente estadual da agremiação, deputado André Figueiredo e com o senador Cid Gomes. O prefeito Roberto Cláudio chegou logo depois juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique. Alguns deputados estaduais participaram do encontro.

Os cearenses foram informados da mobilização que está sendo feito nacionalmente pela agremiação, incluindo a participação de Ciro Gomes, motivando a base do partido a fortalecer sua estrutura para as eleições municipais do próximo ano, com vistas a disputa nacional de 2022, quando o partido voltará a apresentar o nome de Ciro como candidato à Presidência da República.

Acompanhe o que disse Carlos Lupi.

Com informações da Agência Brasil.