Deputado Audic Mota. Foto: Agência Assembleia.

Reservadamente, nesta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa cearense, um requerimento apresentado pelo deputado Audic Mota (PSB), da base governista, suscitava comentários dado o seu sentido explosivo. Audic quer saber, oficialmente, sobre a execução  das emendas de cada um dos seus colegas de Assembleia, por parte do Governo do Estado. Alguns deputados admitem até a possibilidade de o requerimento ser retirado de pauta para evitar constrangimento maior, outros.

A ementa do requerimento diz: “requer envio de ofício à Casa Civil, na pessoa do secretário chefe, sr. Élcio Batista (que no momento está de férias), solicitando informações sobre a execução do Programa Cooperação Federativa – PCF, dos anos 2015 a 2018”.

“O deputado Audic Mota, no uso das suas atribuições previstas no Regimento Interno, após ouvido o Plenário, vem requerer envio de ofício à Casa Civil, na pessoa do Secretário Chefe, Sr. Élcio Batista, solicitando informações sobre a execução do Programa de Cooperação Federativa – PCF, dos anos de 2015 a 2018, contendo o percentual por deputado, de valor conveniado, por área indicada, do valor executado e do valor pago”. Deputado de oposição está preparado para defender a aprovação do requerimento.

Alguns deputados reclamam do atraso da liberação dos recursos para as obras indicados por eles, sobretudo no Interior do Estado. O requerimento de Audic obriga o secretário a fornecer todos os dados e, com isso, os deputados saberão quais dos colegas foram ou não privilegiados. O período citado pelo deputado requerente é o do primeiro mandato do governador Camilo Santana. Hoje, cada deputado tem direito de indicar obras para os seus redutos eleitorais até o montante de R$ 1 milhão.

BASE DIVIDIDA

Na última quinta-feira (11), a base aliado do governador Camilo Santana saiu dividida do plenário da Assembleia por conta de um requerimento do deputado Agenor Neto, pedindo informações ao Secretário da Saúde, sobre as contas dos Consórcios de Saúde no Interior do Estado. A discussão foi grande. O Governo ganhou com uma diferença de apenas 6 votos, pois vários dos seus aliados votaram contra a orientação da liderança.