Por A. Capibaribe Neto, de Beijing, na China, especial para o Blog do Edison Silva – A Grande Muralha. Quanto mais velha, mais interessante e vale à pena conhecer.

Quando alguém lhe disser “vá pra China!”, faça e que puder e vá; no caso aqui, venha!

Descubra que na China, o melhor do comunismo é o capitalismo. Beijing, por exemplo, sem fazer esforço, é uma humilhação. Cheguei aqui, depois de uma viagem desafiadora de 42 horas, desde Fortaleza, incluindo aí 3 horas de espera em São Paulo, 11 no aeroporto de Doha, no Qatar e o último voo sereno até o aeroporto de Beijing, no maior país comunista do mundo. Depois, vem o resto, como Cuba, Venezuela e outros.

Essa história de proibição de tudo é propaganda enganosa, Fake News. Tudo em Pequim é grande, aliás, mais que isso: é enorme! Facebook proibido? WhatsApp proibido? Por acreditar nessas conversas, precisei fazer um teste para este Blog através da Internet do Hotel. Realmente, esses aplicativos são ignorados oficialmente, mas qualquer guia de viagem disponibiliza um SimCard de 3 e 5 gigas para o visitante conectar-se com o mundo sem o olho rigoroso do grande chefe.

É impressionante o orgulho com que eles falam do seu presidente. É bem verdade, também, que o custo de vida aqui não é dos mais simpáticos e que continua a valer a ordem rigorosa do limite de um filho por casal e que quando um chinês compra a sua casa passa o resto da vida trabalhando para pagar as prestações para o banco. Em contrapartida, tem assistência médica garantida e escola, incluindo aí boas universidades públicas. Quer universidade particular? É preciso pagar e custa caro. Carros são baratos e é de se ver a quantidade de carrões de todas as marcas conhecidas, desfilando pelas bem asfaltadas avenidas largas da capital. Transporte público? Excelente. Trem? Trem bala básico, mas existe um que passa dos 500 quilômetros por hora.

E a Grande Muralha?

Lá, desafiando enxeridos que nem eu, que só aguentou subir dois lances dos milhares de outros, de degraus altos e inclinação antipática. Assim como um bom vinho, certos desafios precisam ser curtidos como os bons vinhos, na companhia de bons amigos, sem pressa de esvaziar a garrafa. Diante do Evereste, eu me curvei em respeitosa referência. Sobre os degraus da Grande Muralha, quase me ajoelhei, não para rezar, mas por conta da reclamação dos antipáticos joelhos, com quem não tenho boa relação. Falar da história da China, dessa fantástica maravilha do mundo, das sua história de guerras e dinastias, seria redundante. O Google, que é vetado aqui, tem zilhões de dados e informações.

Texto e Foto: A. Capibaribe Neto