O ministro da Economia, Paulo Guedes sugere Censo com menos perguntas. Foto: Agência Brasil

Presente à cerimônia de posse da nova presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Susana Cordeiro Guerra, que aconteceu nesta sexta-feira (22), no Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) do IBGE, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu que o instituto, ainda sem orçamento para o censo 2020, venda alguns dos prédios que tem no Rio de Janeiro e destine a verba à realização da maior pesquisa do país.

“São três sedes, seis prédios, faltam recursos para o censo, mas o presidente fica de frente para o Pão de Açúcar, a diretoria fica no centro e a turma da ralação fica aqui [no prédio da Rua General Canabarro, na Tijuca, onde ocorreu a cerimônia de posse]. Então, quem sabe, a gente vende os prédios aí e coloca o dinheiro para complementar, para fazer o censo bem feito. Devia estar todo mundo junto num prédio só. Dentro desse espírito de acabar com os privilégios: é acabar com a vista para o mar do presidente.”

Perguntas demais

Para Guedes, o censo “tem perguntas demais” e precisa ser “simplificado”.

“O censo de países ricos tem 10 perguntas, o censo brasileiro tem 150, e o censo do Burundi tem 360 perguntas. Quem pergunta demais acaba descobrindo coisa que nem queria saber. Então, eu sugiro que sejamos espartanos, façamos uma coisa bem compacta, façamos o essencial, e nós vamos tentar de toda forma ajudar.”

Guedes destacou o currículo de Suzana e afirmou que o IBGE sempre foi “um pano de fundo na vida de todos os brasileiros, seja nos momentos ruins, como na hiperinflação, ou nos bons, com os dados sobre os efeitos das políticas públicas”.

Ele disse que se sente “superbem” ao nomear Suzana. “Tenho usado essa fórmula no antigo Ministério do Planejamento: preserva o corpo, com alguém que conhece profundamente a máquina, mas põe também uma dose de inovação, que é justamente para os novos desafios que vêm pela frente. Estou muito tranquilo quanto à capacidade deste grupo, [que] tem excelentes profissionais”.

Com informações da Agência Brasil.