Presidente José Sarto segue Regimento Interno para conter ânimos exaltados. Foto: Blog do Edison Silva.

A sessão ordinária da Assembleia, hoje (07), estava sendo comandada pelo deputado Fernando Santana (PT), primeiro vice-presidente da Casa, quando o deputado André Fernandes (PSL) ocupou a tribuna para o seu pronunciamento. Tão logo começou a falar já foi interrompido pelo deputado Fernando Hugo (PP). André dizia que se fosse abordado, no seu gabinete, com oferta de dinheiro por qualquer deputado denunciaria o fato publicamente e faria o maior escândalo. Outros deputados também reagiram e o tumulto tomou conta do plenário

O presidente da Assembleia, deputado José Sarto (PDT), não demorou a tomar acento na cadeira de presidente e conteve a exaltação. Com o Regimento da Casa em mãos, Sarto passou a dominar a sessão, e mesmo deixando todos falarem, a exaltação foi contida. Já no final da sessão a deputada Doutora Silvana disse na tribuna do Legislativo ter sido ameaçada pelo deputado André, sem no entanto relatar em que consistiu a ameaça. A deputada, segundo colegas seus, teve que ser medicada após o entrevero com o deputado.

Fora da tribuna, o deputado André, tratado por Silvana como também  sendo evangélico, demonstrando irritação com a admoestação feita pela deputada por ele ter dito que denunciaria qualquer deputado que lhe oferecesse dinheiro, e que não aceitaria carro oficial ou outras mordomias do Poder Legislativo, teria ameaçado de expor a vida da parlamentar, inclusive suas ações na Igreja Evangélica que frequenta.

Silvana foi apenas uma das pessoas que condenaram a fala do deputado André. O primeiro foi Fernando Hugo, seguido por Leonardo Araújo e outros, com bem menos virulência. Alguns deputados como Vitor Valim e Soldado Noélio ficaram do lado de André. E outros cobraram moderação e sensatez, como foi o caso do deputado Sérgio Aguiar.

A sessão ordinária da Assembleia, a segunda da atual Legislatura, que havia começado com discursos de agradecimentos de deputados pelas suas respectivas eleições, acabou com a fala de André Fernandes, que acabou, de certa forma com o plenário  “incendiado”.