O ano de 2018 revelou números fabulosos para as exportações cearenses. Segundo estudo realizado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o Ceará registrou o maior volume de exportações da história com US$ 2,32 bilhões. Os Estados Unidos são o maior destino das exportações do estado. Máquinas, aparelhos e materiais elétricos tiveram o maior crescimento nas exportações.

O volume exportado representa um crescimento de 10,7% ante 2017 (US$ 2,1 bilhões). No comparativo com 2015, o valor das exportações de 2018 mais que dobrou, sendo 122,9% superior ao contabilizado três anos atrás (US$ 1,04 bilhões).

Em dezembro, de acordo com o estudo, manteve-se a alta performance exportadora do estado, com um crescimento de 36,7%. Os US$ 259,9 milhões vendidos ao exterior no último mês do ano representam o segundo melhor resultado mensal de 2018.

Terceiro maior exportador do Nordeste, o Ceará representou, no acumulado de 2018, 12,55% das exportações da região. O saldo da balança comercial cearense, no período analisado, porém, manteve-se deficitário em US$ 205,4 milhões.

Caucaia e Aquiraz foram os municípios com os maiores percentuais de crescimento entre 2017 e 2018. O primeiro apresentou um aumento de 74,2%, partindo de US$ 46,2 milhões para US$ 80,5 milhões, garantindo o posto de sexta maior cidade exportadora do Ceará. Aquiraz, por sua vez, ocupa a oitava posição e saltou de US$ 31,4 milhões em 2017 para US$ 48,4 milhões em 2018, uma variação positiva de 53,8%. São Gonçalo do Amarante (US$ 1,3 bilhão), Sobral (US$ 144,5 milhões) e Fortaleza (US$ 144,2 milhões) se mantém como municípios líderes nas vendas externas cearenses.

O setor de “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes” merece destaque nas exportações cearenses, com variação positiva de 140,9% em relação à 2017, totalizando US$ 65,3 milhões em 2018. Outros setores da pauta exportadora do estado também exibiram aumentos consideráveis justificando a performance positiva do estado. É o caso do líder em exportações “Ferro fundido, ferro e aço”, que cresceu 28,5%, chegando a US$ 1,37 bilhão. Os segmentos de frutas e de pescados também contribuíram de forma bastante positiva, com acréscimos de 9,3% e 14,2% respectivamente. O setor de calçados cearenses, mesmo com redução de 15,4% em suas exportações, manteve seu posto em segundo lugar no ranking, contabilizando US$ 264,5 milhões.

Quanto aos principais produtos (NCM) exportados pelo Ceará em 2018, os semimanufaturados siderúrgicos somam US$ 1,3 bilhão, representando 57,9% do total das exportações. Ainda no segmento, destaque para o subsetor de produtos com 0,25% ou mais de carbono em sua composição, que exibiu aumento expressivo de 7.736,2%, partindo de US$ 2 milhões para US$ 158 milhões. A exportação de componentes utilizados em usinas de energia eólica também foi um forte impulsionador para as exportações, crescendo 146,8% e chegando a marca de US$ 63,2 milhões. As castanhas de caju mantêm-se como um dos carros chefes do comércio exterior do estado, os frutos chegaram a cifra de US$ 94,1 milhões e são o terceiro maior produto exportado pelo Ceará em 2018. “Melões frescos” é outro setor de alimentos bastante exportado pelo Estado, apresentando aumento de 17,9% nas vendas ao exterior da fruta, contabilizando US$ 62,9 milhões.

A parceria com os Estados Unidos o consolida como maior destino das exportações do estado, com US$ 858,8 milhões, representando 36,9% do total. Os norte-americanos mais que dobraram suas compras do Ceará entre 2017 e 2018. A Coréia do Sul conquista a segunda posição, com um aumento de 92,1% nas vendas externas cearense, contabilizando US$ 180,9 milhões. Turquia e México vêm em seguida com valores aproximados no ranking de US$ 143,1 milhões e US$ 141,5 milhões, respectivamente. Dos 10 maiores destinos das exportações do Ceará, quatro são países europeus e todos esses exibiram aumento nos valores no período analisado, sendo eles: Alemanha (42,3%), Reino Unido (34,5%), Holanda (8,6%) e ainda de forma mais expressiva as vendas para a Polônia, com um avanço de 182,6%.

Com informações da FIEC.

Foto: FICE/Divulgação.