O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no final da tarde desta sexta-feira (04), em entrevista coletiva convocada emergencialmente em Brasília, disse que o presidente Jair Bolsonaro se equivocou ao anunciar, na manhã de hoje, aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)  para poder cumprir uma exigência de projeto aprovado pelo Congresso e sancionado por ele (presidente), que prorroga por cinco anos benefícios fiscais para empresas instaladas nas áreas das superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene).

Segundo o ministro, houve um equívoco e nenhuma das medidas está confirmada. O presidente sancionou somente o projeto aprovado pelo Congresso que prorroga isenções fiscais, e teria, para não desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, indicar de onde viria a arrecadação. Por isso, aventou a possibilidade de aumentar o IOF.

“Havia a informação de que esse seria um caminho possível, mas houve um vazamento indevido. Isso era um estudo e alguém, que vamos tentar identificar quem foi, vazou algo que não deveria. Esse é o primeiro ponto. Uma das alternativas seria o aumento do IOF. A equipe econômica encontrou uma solução que deu tranquilidade ao presidente”, afirmou.

Bolsonaro  também afirmou, nesta sexta-feira (04), que a possibilidade de diminuição no teto da alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física de 27,5% para 25% deve ser anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nos próximos dias. “Nosso governo tem de ter a marca de não aumentar impostos”, disse Bolsonaro, após participar de cerimônia de transmissão do comando da Aeronáutica para o tenente brigadeiro do ar Antônio Carlos Moretti Bermudez, na Base Aérea de Brasília.

Com informações do Jornal O Estado de São Paulo.

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil.