O deputado estadual Dedé Teixeira (PT) repercutiu, nesta quarta (05), na Assembleia Legislativa, o avanço da pobreza extrema no Brasil, que, segundo o IBGE, subiu de 3,2% para 4,8%, entre 2014 e 2017. Segundo o parlamentar, políticas ligadas ao combate à pobreza podem ser descontinuadas ou enfraquecidas a partir de 219, quando o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) assume a presidência.

“Como é que vai se comportar o Ministério da Cidadania nessa questão do Bolsa Família, que é uma agregação de renda às famílias que nao têm amparo social e garante ali a sobrevivência. Tem sido muito importante inclusive para o comércio e para a economia de pequenas cidades”, afirmou o deputado, em entrevista ao Blog do Edison Silva.

Outra política que pode, segundo o petista, perder força é a de incentivo à agricultura familiar. “Nós [da agricultura familiar] vamos estar relegados [no governo Bolsonaro] a uma secretaria com muito menos interesse, muito menos força política para garantir recurso, orçamento, para a continuidade dos investimentos no campo, na agricultura familiar”.

Ceará preparado para o pior cenário

Segundo Dedé Teixeira, o governador Camilo Santana (PT) está se preparando para o pior cenário após a mudança na presidência. Camilo reuniu-se, ontem (4), em Brasília com outros governadores do Nordeste e do Norte, e com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para reforçar as cobranças para a votação de pautas que fortaleçam os caixas de Estados e municípios.

Pobreza extrema

São consideradas em situação de extrema pobreza as famílias com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 85 em 2017. Esse critério é baseado no Plano Brasil Sem Miséria, definido por decreto em 2016 – referência do Bolsa Família. Existem outros critério de corte da miséria, nenhum considerado oficial, como o Banco Mundial, que considera a linha de US$ 1,90 por dia.

Foto: Agência Assembleia.