Atualmente15 médicos cubanos trabalham em equipamentos da Prefeitura de Fortaleza. O número já bem maior, quando, na realidade, o Programa Mais Médicos era mais robusto. Na Saúde, em Fortaleza já chegaram a trabalhar 253 médicos do Programa, hoje são pouco mais de 50, incluindo os cubamos.

Para o Município de Fortaleza, a saída dos médicos cubanos não causa tanta preocupação pois a Prefeitura tem como pagar os salários dos profissionais que os substituirão, e tem profissionais no mercado que podem ser contratados.

Para muitos municípios do Interior cearense, no entanto, a situação realmente fica muito difícil com a saída dos médicos cubanos, tanto pela falta de interesse de profissionais de medicina de fixarem residência nos municípios distantes da Capital, quanto pela falta de recursos das prefeituras para efetuarem o pagamento dos profissionais.

Nesta sexta-feira,  o Governador Camilo Santana manifestou, no Facebook, sua preocupação com a suspensão dos trabalhos dos médicos cubanos. Leia o que disse o chefe do Executivo cearense:

“Vejo com muita preocupação a repentina saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos, que vem tendo um importante papel de assistência, sobretudo à população mais pobre do Brasil e do nosso Estado. Isso deverá causar um enorme prejuízo, principalmente em alguns municípios onde os médicos cubanos desempenham importante papel nas unidades básicas de saúde. Não se pode tomar medidas de tamanha relevância e impacto à revelia de estados, municípios e, principalmente, do povo que é diretamente atingido”.

Sobre o problema: O Ministério da Saúde informou  nesta sexta-feira (16) que vai realizar, ainda este mês, seleção para contratar profissionais brasileiros em substituição aos cubanos que fazem parte do Programa Mais Médicos. Serão  8.332 vagas deixadas pelos cubanos. Já O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, disse nesta sexta-feira (16) que vai sugerir à equipe de transição que substitua as vagas abertas com a partida dos cubanos, por profissionais formados com recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ele, o tema foi analisado por técnicos e deve ser agora debatido em nível político.

O ministro não detalhou a proposta que será apresentada à equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro. O Fies é um fundo de financiamento para estudantes de baixa renda. Um período depois de formados, os estudantes passam a pagar as mensalidades que foram financiadas. Os valores variam de acordo com a negociação prévia feita no momento da matrícula.

Foto: Divulgação.

Com informações da Agência Brasil