Promessas, conchavos, acusações, compra de votos, e tudo que o noticiário político registra como negativo nas campanhas eleitorais para cargos públicos, como a terminada em outubro passado no Brasil, tem na disputa pela presidências das secções da Ordem dos Advogados do Brasil.

Na campanha atual para a direção da Ordem no Ceará, já se ouviu denúncias sobre possíveis irregularidades na construção do prédio que está servindo de sede em Fortaleza, pagamento de anuidade atrasada de advogado para votar em determinada chapa e outras tantas.

Neste fim de semana foi intensa a movimentação de duas chapas de oposição para formarem uma única de oposição à governista, liderada pelo advogado Erinaldo Dantas. Nenhum dos seus representantes, Edson Santana e Roberta Vasquez, fizeram ainda manifestação pública. Sequer seus aliados, que sempre estavam nas redes sociais fazendo propaganda de suas postulações esclareceram as negociações para fusão das duas chapas.

No entanto, há informações de divergências internas nos dois grupos, quer pela eliminação de nomes candidatos a postos importantes no comando da Ordem, quer por restrições quanto a aliança. No fim da tarde deste domingo, os comentários davam conta das negociações de parte da chapa de Edson Santana com o grupo governista da OAB, além do abandono da disputa de outros, por considerarem esdruxula a fusão das chapas.

Antes do anúncio de entendimentos, políticos governistas queixavam-se da insistência de candidatos da OAB na busca de apoio dos atuais governantes, do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, além da colaboração que eles já tinham dado.

O interesse de candidatos ao comando da Ordem dos Advogados do Brasil, segundo avaliação de alguns advogados, está muito mais ligado ao crescimento dos escritórios de candidatos, do que propriamente representar bem a instituição, seus filiados, e resgatar o prestigio e protagonismo que antigamente a Ordem tinha.