O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), confirmou uma agenda em Brasília, terça e quarta-feira próximas, para visitar o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, os presidentes das duas Casas do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira, e deputado Rodrigo Maia, ficando para a quarta-feira o seu encontro do presidente Michel Temer. As visitas aos presidentes dos poderes Legislativo e Judiciário são protocolares, mas com o presidente Temer, o presidente eleito falará sobre questões relacionadas ao início do seu Governo, no dia primeiro de janeiro de 2019.

Bolsonaro deve tratar de algumas providências que devam ser adotadas por Temer, além das nomeações do restante da equipe de transição. A reforma da Previdência, segundo observadores, fará parte da pauta com o atual presidente. Bolsonaro volta para o Rio de Janeiro na quinta-feira.

Segundo o site do jornal O Globo, neste domingo, o presidente eleito Jair Bolsonaro , acompanhado da mulher, Michelle, compareceu a um culto evangélico pela segunda vez desde a eleição. Em breve discurso na Igreja Batista Atitude, no Recreio, que Michelle frequenta, ele afirmou que pretende seguir os passos de Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro , e ser um “pacificador”. O local já tinha sido visitado por ele no início da campanha eleitoral.

Na quarta-feira, Bolsonaro estivera na sede da Associação Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, que o apoiou na campanha. Pouco antes de pregar a união, Bolsonaro havia afirmado que foi eleito com “grande parte da mídia contra”, quando relembrava a trajetória que o alçou ao Palácio do Planalto.

— A partir do ano que vem, serei presidente de todos. Queremos, sim, seguir os passos de (Duque) de Caxias, o pacificador. Com alma livre, tendo Deus acima de todos, e buscar atender a todos que necessitam — disse, em discurso de pouco menos de cinco minutos.

Esta foi a segunda vez que Bolsonaro afirmou querer se espelhar em Duque de Caxias. O patrono do Exército brasileiro foi fundamental para manter a unidade do território nacional no  período regencial (1831-1840), após a abdicação de Pedro I. Porém, embora tenha recebido o epíteto de “pacificador”, o militar atuou na repressão de revoltas populares que marcaram o país , como a Balaiada, no Maranhão, e a Cabanagem, no Norte do país.

Também durante o culto neste domingo, o presidente eleito ressaltou que “nenhum cientista político” conseguiu explicar a sua eleição. No primeiro turno, o então candidato do PSL tinha direito a apenas nove segundos de propaganda eleitoral na televisão, o que poderia ser um entrave a sua campanha.

Fonte: Jornal O Globo.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil.